Todos nós sabemos que um divórcio tráz consigo momentos muito penosos não só para os dois adultos envolvidos, mas acima de tudo para as crianças. O que se descobriu recentemente é que as meninas são as mais atingidas física e emocionalmente pelo impacto da separação. Um novo estudo da Universidade de Illionois (EUA), divulgado em dezembro de 2015, examinou o comportamento associado à saúde física e mental de filhos de pais separados incluindo aspetos de tabagismo e depressão, e descobriu que o quadro é agravado quando se trata das meninas.
É a relação com o pai que ensina o 1º parâmetro à menina sobre a maneira pela qual deve ser tratada por um homem. Um relacionamento próximo e saudável com o pai também tem sido associado ao desenvolvimento da autoconfiança, da maturidade e da autoestima nas meninas. Em contexto de divórcio, geralmente, a dinâmica com o pai é a 1ª a ser alterada, já que a custódia na maior parte dos casos é dada à mãe. Os resultados do estudo realizado demonstra que anos sem a presença da figura paterna, podem agravar (a longo prazo) os efeitos prejudiciais na vida da filha, como humor deprimido e risco de maior dependência química também na vida adulta.
É extremamente importante que sempre que um casal inicia um processo de divórcio deva recorrer a apoio psicológico para os filhos e para eles mesmos, pois é fundamental que a rutura que é feita seja realizada da maneira mais responsável possível pelos adultos, sem colocarem as crianças no meio da disputa. Se as pessoas tivessem em conta o apoio psicológico como sendo tão ou mais importante do que os serviços de um advogado o processo de divórcio seria bem menos doloroso emocionalmente para todos.
Drª Sofia Laura Fonseca
Psicóloga Clínica e Psicoterapeuta
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