Sensibilidade da pele está em ascensão!
Contudo, é necessário perceber a diferença entre a pele que é geneticamente sensível e a pele afetada por fatores internos ou externos, que podem acelerar as respostas nervosas e aumentar a permeabilidade do estrato córneo, resultando na sensibilização da pele.
É da responsabilidade dos profissionais instruir os clientes sobre os hábitos e fatores que podem causar sensibilidade cutânea e informá-los sobre as melhores maneiras de tratar e proteger a pele para a saúde da pele ideal.
A pele sensível não pode ser eliminada, no entanto as escolhas de produtos corretos e uma consciência de fatores sensibilizadores certamente poderão atenuar o problema.
- Poluição.
A pele sensível pode manifestar-se em qualquer pessoa, independentemente de fundo racial ou cor da pele. A exposição excessiva a fatores ambientais prejudiciais à pele, como poluentes químicos, pode sensibilizar a pele.
- Estilo de vida.
Este fator é um exemplo muito importante de como as pessoas podem inadvertidamente sensibilizar a sua pele.
Longos períodos de tempo ao ar livre (a pratica desportiva ou no trabalho) expõem a pele a mais danos devido à exposição excessiva aos raios ultravioleta.
Fumar também tem efeitos adversos, promovendo a desidratação e asfixia da pele devido à privação de oxigenio.
- Dieta.
Comer alimentos picantes tem sido associada ao aumento da sensibilidade da pele, possivelmente devido à atividade nervosa na pele. O estilo de vida de uma pessoa pode colocar ainda mais em risco a sensibilidade da pele, tornando-a mais suscetível a reagir a cosméticos e produtos de tratamento da pele.
- Uso incorreto dos produtos.
Alguns ingredientes dos cosméticos podem ser sensibilizar a pele, assim como o excesso de tratamento (p.e. excesso de esfoliação) pode retirar a barreira protetora e levar à hipersensibilidade da pele.
- Desidratação.
Esta condição reflete uma perda de lipídios, uma barreira que mantêm a pele hidratada. A pele excessivamente seca não protege as terminações nervosas provocando reacções cutâneas.
Pele desidratada indica que ocorreu uma interrupção da integridade da barreira hidrolipídica que pode resultar na penetração de ingredientes e microrganismos que originam efeitos adversos.
- Clima.
A exposição ao sol, vento, calor ou frio excessivos, assim como a baixa humidade são fatores prejudiciais à pele podendo potenciar a sensibilidade.
- Stress.
As hormonas como o cortisol, pode desencadear a produção sebácea, iniciando ou agravando o acne.
Pode exacerbar uma série de situações inflamatórias da pele, tais como rosácea, psoríase e eczema.
- Microclima.
A pele é exposta a diferentes ambientes na casa, carro e escritório, resultando em diferentes níveis de sensibilidade. Por exemplo, uma pessoa pode inadvertidamente sensibilizar sua pele num dia típico de inverno, quando expostas ao frio e humidade no exterior e nos espaços interiores expostas ao aquecimento seco e quente.
- Hidratação.
Já verificamos que vários fatores podem afetar a integridade da barreira epidérmica: O stress, a remoção de lipídos superficiais por lavagem com água e sabão, a exfoliação excessiva, o uso de produtos com teor de álcool e a temperatura podem levar à desidratação da pele.
Semelhante à terra rachada do deserto, a pele pode formar microfissuras, permitindo que bactérias e produtos químicos penetrem e desencadeiem a inflamação. Manter a integridade da barreira epidérmica com ácidos gordos essenciais pode reduzir a irritação e reforçar as camadas lipídicas da pele.
- Remover os poluentes.
Os profissionais recomendam uma limpeza não só para remover a maquilhagem, mas também, mais importante, remove a poluição. Pesquisas mostram que o prurido, vermelhidão e a desidratação têm uma correlação com a exposição direta da pele à poluição que potencia o envelhecimento prematuro e a hiperpigmentação.
Referencias:
De Lacharrière, O. (2006). Sensitive Skin: a neurological perspective. 24th IFSCC, Osaka.
Dermascope